HISTÓRIA DO AUTÓDROMO DE INTERLAGOS
Nos primeiros vinte anos do Campeonato Mundial de Fórmula 1 o Brasil demonstrou pouco interesse pelo automobilismo. Tudo isso mudou no início da década de 70 quando Emerson Fittipaldi explodiu no automobilismo internacional. Seu sucesso conduziu a inauguração do Grande Prêmio Brasil e o local escolhido foi São Paulo, sua cidade natal.
O circuito de Interlagos foi construído em 1940 com um grande espaço externo e um interior muito apertado, um conceito incomum hoje em dia. Com aproximadamente 8 kilometros de extensão o circuito também era um dos mais longos do calendário, localizado apenas a alguns kilometros do centro de São Paulo.
O fato do circuito ter sido construído entre uma atmosfera natural resultou numa excelente visualização aos espectadores, chegando a oferecer visibilidade de mais da metade do circuito, dependendo da arquibancada. Interlagos é um dos circuitos que mais exige dos pilotos no atual calendário, devido a sua construção em chão instável e superfície cheia de ondulações. O circuito anti-horário não muito comum, a alta altitude, o sempre presente calor e a umidade do Brasil acabam gerando um grande desconforto aos pilotos.
Descrição da Volta
Na largada os carros aceleram até a Descida do Sol, que como já diz, é uma descida, à esquerda. Chega-se nela em 6ª./ 7ª. marcha a 290 km/h. Depois freia-se forte (-3,3g) e chega-se no famoso S do Senna – uma chicane do tipo esquerda-direita-esquerda que começa com a curva 1, um dos únicos dois lugares onde você pode ver manobras de ultrapassagem, que é quando os pilotos tentam retardar a freada. Os carros fazem esta curva em segunda, a um pouco menos de 100 km/h, mudando para terceira marcha e acelerando a mais de 160 km/h para a última curva da seqüência (Curva do Sol) em quarta marcha, a mais de 220 km/h. Com o pé embaixo, os pilotos aceleram a mais de 290 km/h pela Reta Oposta na marcha mais rápida.
A Descida do Lago é uma curva estreita à esquerda, com uma entrada ondulada, que normalmente faz pilotos menos habilidosos rodarem. Aqueles que passam por esta curva o fazem em terceira marcha, a 135 km/h, depois de terem freado bem forte no final da reta. Os pilotos que acertam a curva podem fazer ultrapassagens sobre os que não conseguem neste ponto. Depois de uma curta reta, outra curva à esquerda (215 km/h em 4ª. marcha) leva os carros a outra pequena reta, onde eles aceleram até 270 km/h antes de uma forte freada para a entrada da Ferradura
A Ferradura é uma curva à direita, com duplo ponto de tangência, e uma entrada extremamente ondulada. Provavelmente é a curva mais difícil do circuito, pois se chega nela em quinta marcha a uma velocidade de 260 km/h. Depois de se passar pelo primeiro ponto de tangência em terceira marcha a mais ou menos 160 km/h, o carro passa pelo segundo ponto e, ao sair ainda em terceira, há outra curva à direita quase que imediatamente em segunda, o Pinheirinho, que é feito em segunda marcha e a aproximadamente 90 km/h.
O Pinheirinho é uma curva à esquerda bem fechada, feita em segunda, mas deixada em terceira marcha, e logo depois pode-se engatar a quarta para mais uma curva estreita, desta vez à direita. O Bico de Pato (também conhecido como Cotovelo) é feito em segunda a pouco mais de 110 km/h, de onde se sai em terceira e vai acelerando até chegar à quinta marcha, onde os carros vão para a parte esquerda da pista antes de entrarem no Mergulho. Esta curva é feita em 4ª. marcha a mais de 230 km/h, antes de se chegar à Junção, que é feita em terceira marcha.
A Subida dos Boxes marca a entrada de duas curvas à direita, ambas inclinadas e em subida. A primeira pode ser feita a 175 km/h e é seguida pela Arquibancada, que é feita em 5ª. marcha a mais de 255 km/h. A aceleração continua com o começo da reta dos boxes, e os carros cruzam a linha de chegada a quase 300 km/h.