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quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Riscos dos traçados nas estradas

 

A todos os pontos por onde uma estrada deverá passar obrigatoriamente, inclusive os pontos extremos, denomina-se “Pontos Obrigatórios de Passagem”. Esta obrigatoriedade, entretanto, pode ser determinada por fatores de ordem técnica ou por fatores de outra natureza (políticos, econômicos, sociais, históricas, ecológicas, etc.).

 
Os pontos extremos de uma estrada são, sempre, determinados por condições que independem de qualquer exigência técnica. Da mesma forma, podem ser determinados alguns pontos intermediários (uma cidade ou povoado que deve ser servida, uma indústria que precisa escoar sua produção, etc.). Estes pontos são sempre definidos antes do início do estudo. São denominados de PONTOS OBRIGATÓRIOS DE PASSAGEM DE CONDIÇÃO.

Quando, entretanto, durante o reconhecimento, selecionam-se pontos, no terreno, pelos quais será tecnicamente mais vantajoso passara a estrada (seja para se obter melhores condições de tráfego, seja para possibilitar obras menos dispendiosas, etc.), estar-se-á determinando PONTOS OBRIGATÓRIOS DE PASSAGEM DE CIRCUNSTÂNCIA. A escolha desses pontos é problema técnico e exige o máximo critério.
A reta que liga os pontos extremos da estrada é a DIRETRIZ GERAL, representando a solução ideal para a realizar a ligação entre os pontos extremos. Isso seria possível somente em condições excepcionalíssimas do terreno e caso não houvesse, entre A e B, nenhum ponto de interesse que forçasse a desviar a estrada de seu traçado ideal.  
Cada uma das retas sue liga dois pontos obrigatórios intermediários é uma DIRETRIZ PARCIAL. Do estudo de todas as diretrizes parciais possíveis, resulta a escolha das que fornecerão o traçado no campo, isto é, a faixa de terreno onde se situará a estrada. 




            No desenho acima, a estrada não pode seguir a diretriz geral (linha reta AB). Vários motivos influenciaram a criação de uma diretriz parcial. A estrada deve passar próximo à vila para atender a população (ponto C), deve passar pelo ponto mais estreito do rio (ponto 1), não apenas para possibilitar uma ponte menos onerosa, como também reduzir a área de pesquisas geológicas para estudos de fundações da ponte. Não deverá também cortar o rio três vezes pois exigiria a construção de três pontes (ponto 2). O aterro sobre banhado é sempre complicado (ponto 3) e grandes cortes são sempre caros. Os pontos A, B e C são pontos obrigatórios de passagem de condição e não dependem de condições técnicas. Já os pontos 1, 2 e 3, são pontos obrigatórios de passagem de circulação.

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